sábado, 1 de setembro de 2012

CEASA PREPARA A PRIMEIRA LICITAÇÃO PARA SELEÇÃO DE COMERCIANTES FIXOS


Novos lojistas se unirão aos 638 já estabelecidos na Central de Abastecimento



Pela primeira vez na sua história, a Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ) promove uma licitação para a seleção de comerciantes fixos. O edital deve ser lançado em setembro com os detalhes de documentação exigida. Os novos lojistas se unirão aos 638 já estabelecidos, além dos 2.800 produtores rurais e 76 cooperativas de agricultores familiares que ocupam os 1,5 milhão de metros quadrados de Irajá. Além disso, o espaço gera 12 mil empregos diretos.
Ao conquistar um espaço na Ceasa, o comerciante contará com uma clientela de cerca de 50 mil pessoas que passam diariamente pelo espaço. Às sextas-feiras, a movimentação chega a 90 mil, com a preparação dos estoques para as vendas do fim de semana. Conhecido centro comercial atacadista de frutas, legumes e verduras, a Ceasa tem muito mais a oferecer. Além de opções como pescados e cereais, há boxes que apostam no setor de embalagens.

- A Ceasa nasceu em torno das frutas, legumes e verduras, mas de 2000 para cá está havendo um redirecionamento. Além do comércio de produtos no atacado, também temos redes se instalando que vendem no atacado e no varejo. Os chamados setores auxiliares também tem seu espaço, como a oficina mecânica para consertar os caminhões. Privilegiamos os alimentos, que é a origem, mas estamos começando a ter um setor de varejo - explicou Leonardo Brandão, presidente da Ceasa.

Em 2011, foram comercializadas mais de 1,8 milhões de toneladas de alimentos, entre frutas, verduras, legumes, pescados e cereais. Cerca de 90% do que é consumido no Estado nesses setores sai das lojas da central de abastecimento de Irajá. Os preços praticados no centro comercial chegam a orientar as cobranças do Rio. A Ceasa também conta com unidades em São Gonçalo, Nova Friburgo, São José do Ubá, Itaocara, e Paty do Alferes.
 
Morador de Itaboraí, Aderbal Pereira, de 46 anos, circula pelas ruas da Ceasa de Irajá há 30. Ele sai todo dia de casa às 2h para que o seu box Gooder do Brasil já esteja aberto antes do nascer do sol vendendo todo tipo de frutas. Por volta das 15h, Aderbal fecha, faz o balanço e encerra o dia. Apesar da rotina puxada, o comerciante afirma que nunca pensou em sair da central de abastecimento.

- Não tenho do que reclamar e minha história toda está aqui dentro. Vivo para a Ceasa, mas vale muito a pena porque vendo muito bem todos os dias. É garantido que o dinheiro vai entrar. Então, porque abriria loja em outro lugar? - afirmou.

Quem também tem o espaço de Irajá como endereço certo das vendas é Vanio Predetti, de 52 anos. Tudo o que ele oferece no pavilhão dos produtores rurais é plantado e colhido por ele em Nova Friburgo. Predetti tem sempre legumes frescos para oferecer e conta que aposta na central pela garantia de receber bem.

- A maioria das vendas que faço aqui são pagas à vista. Isso é uma maravilha. Vendendo para lojas você acaba demorando um mês para receber. Tinha decidido parar, mas vim uma vez, vi a movimentação e viciei de novo - disse.

Os produtores rurais que quiserem comercializar no espaço precisam comprovar que são produtores do Estado do Rio de Janeiro. O espaço oferecido ésubsidiado e por isso, é preciso apresentar um laudo do Emater, ou orgão correspondente.

Segurança



Para garantir a segurança de comerciantes e compradores, a Ceasa fará a contratação de policiais através do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis). Outra ação é a parceria com o 41º Batalhão de Polícia Militar com um posto que funciona dentro da central de abastecimento.

- Também criamos um gabinete de gestão integrada de segurança que envolve representantes das polícias, dos Bombeiros, da Guarda Municipal, da Associação dos Comerciantes, e dos funcionários da Ceasa. Estamos construindo o plano de segurança da Ceasa, que inclui instalação de circuito de monitoramento por câmera e os seis carros da PM que recebemos do Governo do Estado para operar dentro das unidades - enumerou Brandão.

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