“Escolhemos
iniciar o trabalho com professores do 4° Ano porque é um segmento do Ensino
Fundamental onde os alunos já têm certa maturidade para lidar com o tema,
assim como transmitir as questões levantadas aos pais e responsáveis”,
explicou Thiago Britto Mota, assessor jurídico da Secretaria de Educação e um
dos agentes multiplicadores capacitados pelo MPT.
Entre as ações
que serão desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação durante o
projeto, estão distribuir material pedagógico específico sobre o tema,
realizar palestras nas escolas, incentivar os alunos a realizarem tarefas
escolares sobre os direitos da criança e do adolescente, promover eventos,
envolver a comunidade escolar e a sociedade em geral nos programas, ações e
projetos de erradicação do trabalho infantil e proteção ao trabalhador
adolescente, entre outros.
Para a diretora
Sonia Maria de Paula, da Escola Municipal Paes de Barros, na Vila Muqui, o
encontro foi bastante instrutivo. “A gente sabe o que é trabalho infantil,
mas depois de participarmos dessa reunião passamos a ter uma consciência bem
maior de como ele pode prejudicar a criança explorada. Na minha escola, sabemos
de alunos que têm este problema e agora fica mais fácil para que possamos
intervir nessas situações”, explicou a diretora que participou da reunião
promovida no turno da manhã para os professores do 4° Ano.
Durante o
encontro para os professores, os participantes assistiram a vídeos,
apresentações sobre o tema, participaram de dinâmicas de grupo, receberam a
cartilha “Brincar, estudar, viver... Trabalhar só quando crescer”, além do
encarte com orientação e roteiro de trabalho. Ainda foi entregue um
cronograma do projeto que será desenvolvido nas escolas.
Criando uma rede de proteção
Durante o
segundo encontro, pais e responsáveis ligados aos Conselhos Escolares
compareceram para também integrarem a rede de agentes responsáveis pelo
combate ao trabalho infanto-juvenil em Teresópolis. A diretora do
Departamento de Educação, professora Carla Rabello, agradeceu aos presentes e
lembrou a importância da participação de todos.
“Precisamos que
todos os atores envolvidos na comunidade escolar sirvam como transmissores
dessa ideia. O trabalho infantil ainda é realidade no Brasil e a gente
entende que isso só vai reduzir ou acabar se conseguirmos conscientizar a
sociedade. Nada melhor do que começar essa conscientização nas unidades
escolares”, explicou a diretora.
O Projeto é
constituído por cinco etapas e será finalizado com a produção e apresentação
das tarefas escolares dos alunos na semana do dia 12 de junho, Dia Mundial de
Combate ao Trabalho Infantil. A ideia é formar uma rede de proteção que
inclua toda a comunidade escolar e alertar sobre os prejuízos do trabalho
infanto juvenil e sobre a necessidade de proteção da criança e do adolescente
contra qualquer tipo de exploração que atrapalhe seu desenvolvimento físico,
mental, espiritual, moral ou social.
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