sábado, 15 de setembro de 2012

PM aguarda TSE para definir segurança eleitoral no interior do RJ


PM e Forças Armadas atuariam para coibir acirramento da disputa eleitoral.
Comandante da PM em Macaé acha desnecessária presença das tropas.
Sete cidades do interior estado do Rio poderão receber o reforço de tropas militares federais na segurança das Eleições 2012. O pedido foi feito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) com o objetivo de coibir o acirramento da disputa nas cidades que recebem os royalties do petróleo. A votação em locais onde existe a atuação do tráfico de drogas ou de milícias também deverá ser controlada pelas Forças Armadas.

Segundo o planejamento do TRE-RJ, as tropas podem ser enviadas para Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras, Magé, Itaboraí e São Gonçalo. Com a exceção de São Gonçalo, onde a preocupação é exclusivamente o tráfico, todas as outras cidades recebem a verba dos royalties.

A confirmação do envio das tropas federais, bem como a definição do efetivo e o período de atuação estão sob análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A definição sobre o envio das Forças Armadas deverá interferir no planejamento da Polícia Militar para o período eleitoral.

Em Cabo Frio, a previsão do comandante do 25º BPM, coronel Gilmar Barros, é que até o dia 19 de setembro o esquema de segurança esteja fechado. De acordo com ele, a maioria dos juízes eleitorais da Região dos Lagos já enviou pedido de policiamento. Com base nas solicitações do Judicário, ele irá definir se existe a necessidade de pedir reforço da própria PM. As áreas de maior atenção são a cidade de Araruama e o bairro Jardim Esperança, em Cabo Frio.

"Em caso de atuação das Forças Armadas, teremos que fazer um trabalho conjunto com dois tipos de cerco. A Polícia Militar faz o cerco restrito, que garante a abordagem e o primeiro contato com qualquer tipo de problema. E as tropas federais, que não estão preparadas para
fazer abordagem, fazem o cerco amplo, dando apoio à atuação da PM quando necessário", explicou.

Em Macaé, cidade onde onde a PM ocupou dois bairros com forte atuação do tráfico (Malvinas e Nova Holanda), este ano, no mesmo modelo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP's) da capital, o comandante do 32º BPM, tenente-coronel Ramiro Campos, afirma que a presença das Forças Armadas não é necessária.

"Macaé é um município pacificado. Acreditamos que não há necessidade das tropas federais, mas se elas vierem serão muito bem recebidas", afirmou, marcando para o dia 24 de setembro a definição do esquema de segurança da PM após uma reunião com o juíz eleitoral da cidade.

G1 

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